Páginas

Powered By Blogger

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Festa de S. Brás




Festas e Romarias


As festas e romarias tão caras à alma do nosso povo crente e folgazão, têm uma função simultaneamente religiosa e social.
As festas e romarias são um traço típico da cultura popular e tradicional do nosso povo. Estas manifestações extremamente numerosas e variadas, acontecem um pouco por todo o país, e fazem parte das tradições e memórias de um povo que luta para manter actual a cultura secular que lhe confere uma identidade muito própria.


- São Brás – “Vila Velha” (Vila Real) -2 e 3 de Fevereiro

- São Lázaro - Bairro dos Ferreiros ( Vila Real ) - Domingo de Lázaros, anterior ao Domingo de Ramos

- Nª Sª De Guadalupe – Ponte (Mouçós) – 2º Domingo de Maio

- São Bento – São Tomé do Castelo – 1º Domingo de Junho

- Sto António – Vila Real – 13 de Junho

- São Pedro – Vila Real – 28 e 29 de Junho

- São Cristóvão - Parada de Cunhos - Último domingo de Junho

- São Frutuoso e Sta Maria da Feira – Constantim- último Domingo de Julho

- Senhor Jesus do Calvário – Vila Real - Julho

- Mártir São Sebastião e Sta Maria Maior – Borbela – 1º Domingo de Agosto

- Nª Sª de La Salette – Vila Cova – 15 de Agosto

- Nª Sª de Lurdes – Justes – 3º Domingo de Agosto

- Sta Ana - Campeã – Último Domingo de Agosto

Festa do Corpo de Deus – (Vila Real) – Quinta-feira a seguir ao Domingo da Santíssima Trindade.

Nª .Sª. da Almodena – Bº da Almodena – Vila Real – 8 de Setembro

Nª . Sª da Pena – Mouçós – 2º domingo de Setembro





Festa de S. Brás e de Santa Luzia

Os “pitos” e as “ganchas” são, desde sempre, parte integrante da tradição religiosa e cultural de Trás-os-Montes e Alto Douro. As festividades em honra de Santa Luzia e de São Brás demonstram a linha ténue que separa o sagrado do profano.
Depois de entregues, a 13 de Dezembro, os respectivos “pitos” de Santa Luzia, chega a vez das “ganchas”, no dia 3 de Fevereiro, retribuírem o favor e fazerem jus à tradição. Sendo assim, em Vila Real, como de costume, as “Marianas” instalaram-se junto ao antigo Liceu, com uma mesinha à frente, coberta por um pano branco, decorado com as afamadas iguarias.
Segundo a sabedoria antiga, “a ‘gancha’ é a receita de São Brás para nos livrarmos do mal das goelas”, um santo que viveu entre os séculos III e IV na Arménia e que ficou conhecido por retirar com a mão um espinho da garganta de uma criança. O doce de calondro dos famosos “pitos” é a medicação de Santa Luzia para a vista, e os “cavacórios” de São Lázaro servem para combater as bexigas, o último doce desta cadeia tradicional que termina por altura da Páscoa. Contudo, a tradição já não é o que era e torna-se cada vez mais raro ouvir alguém a cantar:

"Vou ao São Brás
De cu ó pra trás
Buscar uma gancha
Para o meu rapaz.

Vou ao São Brás
De barriga prá frente
Buscar uma gancha
Para a minha gente."

Filipe Ribeiro


Trabalho realizado pela Mariana Pacheco Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário