Páginas

Powered By Blogger

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vestígios Romanos em Vila Real




Vila Real é a capital da província de Trás-os-Montes e uma cidade com vários séculos de história. Segundo se julga, terá sido habitada no Paleolítico. Depois, por ela passaram os celtiberos, os romanos, os bárbaros e os muçulmanos, sendo da época dos romanos o Santuário rupestre de Panóias. A região, pouco povoada, foi alvo de uma política de povoamento no século XII. No século XIII, D. Dinis fundou a "Pobra" de Vila Real de Panóias, que deu origem à cidade de hoje.
Uma cidade onde se cruzam igrejas e conventos de várias épocas e estilos.
Por ali passou o famoso arquitecto Nicolau Nasoni, deixando a sua obra visível na fachada da Igreja dos Clérigos e no solar que é um dos mais belos exemplos de arquitectura barroca em Portugal - a Casa de Mateus. Além deste solar, podem-se encontrar muitos outros nesta cidade que já chegou a ser conhecida como "A Corte de Trás-os-Montes".
Depois de descobrir as potencialidades de uma cidade que é capital de uma das mais importantes províncias vinícolas do país, não é preciso andar muito em torno de Vila Real para descobrir a simplicidade de uma pequena aldeia chamada Vilarinho da Samardã, onde Camilo Castelo Branco passou os primeiros e únicos felizes anos da sua vida. Depois, uma visita a Bisalhães e Vilar de Nantes remete-nos para a simplicidade do barro preto e das mãos que lhe sabem dar diferentes formas. São já as mulheres de Agarez que aplicam as suas capacidades no trabalho manual do linho.


SANTUÁRIO RUPESTRE DE PANÓIAS




Nas margens do Rio Corgo, um dos afluentes do Douro, a cidade de Vila Real ergue-se a cerca de 450 metros de altitude, numa região que revela indícios de ter sido habitada desde o Paleolítico. Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, denunciam com segurança a presença dos romanos na região, mas os tempos que se seguiram, durante as invasões bárbaras e sobretudo muçulmanas, impuseram um despovoamento gradual que só terminou com a aproximação do séc. XII, com a outorga em 1096 do foral de Constantim de Panóias, pelo Conde D. Henrique. Em 1289, por foral de D. Dinis (o primeiro dado por este monarca a Vila Real) é fundada a pobra de Vila Real de Panóias, que viria a transformar-se na cidade de hoje.

PONTE ROMANA DE SÃO LOURENÇO


A Ponte Romana de São Lourenço, também conhecida por “Ponte Romana do Arquinho de São Lourenço”, situa-se na continuação da povoação de São Lourenço, sobre a ribeira com o mesmo nome, no concelho de Chaves, na região Norte do País. Esta é uma região com antiga ocupação humana, e vários vestígios arqueológicos, nomeadamente Romanos.
A Ponte estaria numa das importantes vias Romanas que tinha das vertentes mais difíceis, ligando Braga a Astorga, da qual ainda restam vários troços, hoje visitáveis na “Calçada Romana de São Lourenço”. Esta é uma estrutura pequena, com um só arco, e cerca de 8 metros de comprimento e 4 de largura, de tabuleiro plano e sem guardas.

PONTE ROMANA DE PISCAIS



A Ponte de Piscais, sobre o rio Corgo, é uma ponte romana situada a norte da cidade de Vila Real na freguesia de Mouçós, Portugal. Esta obra fazia parte de uma importante via romana que atravessava toda a península ibérica, como ainda está aberta ao tráfego automóvel tem sofrido vários "atentados" entre os quais o uso do cimento para nivelar os característicos e não nivelados pavimentos romanos - (por terem assim sido construídos e por centenas de anos de uso).
Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1977.


VILARINHO DE SAMARDÃ

Em Vilarinho de Samardã devia passar uma via romana que ligava Chaves (Aquae Flaviae) a Lamego (Lamecum), através da cidade de «Cauca» (Vila Pouca de Aguiar) e da de Panóias. A presença romana é atestada pelo nome de Cividade, que diz Pinho Leal, ainda conserva um morro, no qual, “conforme a tradição, existiu um castelo e se tem encontrado muitas moedas romanas.
Também diz a tradição que houve um castelo dos mouros (talvez dos romanos) no sítio denominado Monte da Murada ou Muralha, hoje fragoedo nu, mas que muito provavelmente foi murado e fortificado outrora”. Um destes nomes pode ter correspondido ao monte do Castelo de S. Cristóvão, próximo de Vilarinho, mas originariamente um castro. Durante a Reconquista, Trás-os-Montes sofreu um forte despovoamento pelo que o processo de atracção das populações se foi fazendo durante a formação da nação. Aqui, isso terá acontecido no século XII-XIII por carta de foro ou povoação ou até por foral. É provável também que aqui houvesse terras da casa dos Sousãos e até da própria sé bracarense, por doação de D. Afonso Henriques, nos inícios do seu governo (1127-1128).
As inquirições de 1220 de Santa Maria de Adoufe citam a existência deste Vilarinho, porque aqui existia um casal reguengo, dando à coroa a quarta do pão e do linho e metade do vinho, além das direituras de uma espádua de porco, um sexteiro de pão, duas galinhas com vinte e cinco ovos, um cabrito com uma galinha e um leitão. Havia ainda aqui outros casais que pagavam ao rei um almude de manteiga, uma galinha com dez ovos e uma quarta de vinho, por ano, além de fazerem serviço nos castelos (anúduva).
Segundo se pode ler na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira “o facto mais notável do século XIII é o foral concedido aos habitantes para o sítio de Codeçais. Em Setembro de 1257, o juiz de Panóias, Martim Martins, obedecendo às ordens de D. Afonso III nesse sentido, (…) passa uma carta de foral a quatro famílias nomeadas (…) para povoar o local dos Codeçais em termo de Vilarinho que, indubitavelmente é este, de Samardã. Este concelho de Codeçais era limitado ao sul pelo ribeiro que desce do Meroucinho e passa entre Vilarinho e Benagouro”. Aqui houve uma povoação chamada de Antela que recebeu foral em 1255, por mandado de D. Afonso III. Antela é um topónimo arqueológico, derivado de edificação dolménica. Desapareceu da freguesia como nome de povoação. Também o foro é dado a quatro famílias. Codeçais e Antela são pequenos concelhos que teriam existido apenas nos séculos XIII e XIV(…)



Trabalhado realizado por Diogo Reis Santos

Sem comentários:

Enviar um comentário