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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Figura Ilustre de Vila

José Augusto Alves Roçadas



Oficial do exército, foi governador de Angola e o último comandante do Corpo Expedicionário Português a França, durante a Primeira Guerra Mundial.
Nasceu em Vila Real, em 6 de Abril de 1865;morreu em 28 de Junho de 1926.
Entrou para o exército em 1882, tendo concluído em 1889, em primeiro lugar, o curso do Estado-Maior da Escola do Exército. Promovido a alferes para Cavalaria 2, era tenente no ano seguinte, e capitão 4 anos depois, com 29 anos de idade.
Em 1897 foi enviado para Angola, como chefe de estado-maior, servido na colónia até 1900.
Em 1902 foi enviado para a Índia, de novo como chefe de estado-maior das forças estacionadas naquela colónia do Índico. Voltou a Angola em 1905, nomeado governador do distrito da Huíla
De regresso a Lisboa é promovido a Major e nomeado ajudante-de-campo do rei, grande oficial da Torre e Espada, recebendo as medalhas de ouro de Serviços Distintos e Valor Militar. Em 20 de Maio de 1908, no começo do reinado de D. Manuel II, foi promovido por distinção a tenente-coronel.
Nomeado governador de Macau, regressou a Angola como governador-geral, mas por pouco tempo, por se ter demitindo do cargo devido à revolução republicana de Outubro de 1910. De regresso a Portugal, é colocado como chefe de estado-maior de várias grandes unidades.
Em 1914, quando se organizou a primeira expedição a Angola, para defender o sul da colónia, que fazia fronteira com a colónia alemã do Sudoeste Africano, Roçadas foi escolhido para a comandar.
Em Setembro de 1918 foi enviado para França, com o posto de general graduado, tomando interinamente o comando da 2.ª divisão do C.E.P. em Dezembro, já depois do Armistício. Em 16 de Abril de 1919 foi nomeado comandante do Corpo português, sendo responsável pelo seu regresso a Portugal. Em Setembro de 1918 foi nomeado governador dos territórios da Companhia de Moçambique, tendo regressado em 1923 a Portugal. Confirmado no posto de general em Novembro de 1924, depois de ter prestado provas, foi nomeado comandante da 1.ª Divisão militar.
Desde o seu regresso, fez parte do grupo que em torno de Sinel de Cordes, preparou a conspiração que levou ao golpe de 28 de Maio de 1926, sendo o chefe indicado para tomar o poder, o que não se realizou devido a ter adoecido pouco tempo antes do golpe, acabando por morrer pouco tempo depois.


Fonte:
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 25, págs. 828-829


Trabalho elaborado por André Miguel Poeira

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